terça-feira, 24 de novembro de 2015

HOMENAGEM A IEMANJÁ



IEMANJÁ



A majestade dos mares. Senhora dos oceanos, sereia

 sagrada, Iemanjá é a Rainha das águas salgadas,

 considerada como mãe de todos Orixás, regente absoluta

 dos lares, protetora da família.


 Chamada também como a

 Deusa das Pérolas, Iemanjá é aquela que apara a cabeça

 dos bebês no momento do nascimento.


Essa força da natureza também tem um papel muito

 importante em nossas vidas, pois é ela que vai reger nossos

 lares, nossas casas.


 É Iemanjá que vai dar o sentido de

 "família" a um grupo de pessoas que vivem debaixo de um

 mesmo teto. Ela é a geradora e personalidade ao grupo

 formado por pai, mãe e filhos, transformando-os num grupo

 coeso.

 
Iemanjá é o sentindo de educação que damos aos nossos

 filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que

 aprenderam com nossos avós.


 Ela, Iemanjá, rege até o

 castigo, as sanções que aplicamos aos filhos.


 É o sentido

 básico, é a base da formação de uma família, aquela que vai

 gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos

 pelos pais, transformando tais sentimentos num só

 poderoso, imbatível, que se perpetuará.

Iemanjá é a família! Rege as reuniões de família, os

 aniversários, as festas de casamento, as comemorações que

 se fazem dentro da família. É o sentido da união, seja ligado,

 por laços consangüíneos, ou não.


Dentro do culto, numa casa de santo, Iemanjá também atua

 organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidade ali

 reunida e transformando essa convivência num ato

 familiar; criando raízes e dependências; proporcionando o

 sentimento de irmão pra irmão em pessoas que há bem

 pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o

 sentimento de pai para filho, ou de mãe para filho e

 viceversa, nos casos do relacionamento do Babalorixás, ou

 Ialorixás como os Omo Orixás (filhos de Santo).

Iemanjá também está presente nas decisões, nos momentos

 de angústia e preocupação pelo ente querido, pois seus

 sentimentos geram os nossos, A necessidade de saber se

 aqueles que amamos estão bem.


 a dor pela preocupação, é

 uma regência de Iemanjá, que não vai deixar morrer dentro

 de nós o sentido de amor de amor ao próximo,

 principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe,

 outro parente, ou amigo muito querido.


 E estendemos isso,

 também, às comunidades da Religião.

Iemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que

 amamos a salvo, sem problemas. É a manutenção da

 harmonia do lar. 

Está presente também no nascimento, pois é ela quem vai

 aparar a cabeça do bebê, exatamente no momento do seu

 nascimento. Se Exu fecunda e Oxum cuida da gestação, é

 Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e

 entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela

 mesma.

 Isto tem uma importância muito grande, no sentido

 e na visão da Cultura Africana, sobre a fecundação e

 concepção da vida humana.

 Iemanjá é a senhora dos lares

, pois, desde o nascimento, ou a partir do nascimento, ela

 cuidará da família.

Daí o titulo de Iyá (mãe), melhor, Iyá – Ori (mãe da cabeça) e

 plasmadora de todas as cabeças; aquela que gera o Ori, que

 dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver

 normalmente como seres pensantes e inteligentes.


Iemanjá está presente nos mares e oceanos. É a Senhora das

 águas salgadas e será ela que proporcionará boa pesca nos

 mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento

 vindo de seu reino. Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a

 praia em ressaca, a marola, É ela quem controla as marés, é ela quem protege a vida no mar.

Mitologia

Filha de Olokun, Iemanjá nasceu nas águas.


 Teve três filhos:

 Ogum, Oxossi e Exu.


Conta a lenda que Ogum, o guerreiro, filho mais velho,

 partiu para as suas conquistas; Oxossi, que se encantara

 pela floresta, fez dela a sua morada e lá permaneceu,

 caçando; e Exu, o filho problemático, saiu pela mundo.




Sozinha Iemanjá vivia, mas sabia que seus filhos seguiam

 seus destino e que não podia interferir na vida deles, já que

 os três eram adultos.

Comentava consigo mesma:

- Ogum nasceu para conquistar. É bravo, corajoso,

 impetuoso. Jamais poderia viver num lugar só. Ele nasceu

 para conhecer estradas, conquistar terras, nasceu para ser

 livre. Exu, que tantos problemas já me deu, nasceu para

 conhecer o mundo e dos três é o mais inconstante, sempre

 preparado surpresas; imprevisível, astuto, capaz de fazer o

 impossível, também nasceu para conhecer o mundo. Oxossi,

 meu querido caçula, bem que tentei prendê-lo a mim, mas

 no fundo sabia que teria seu destino. Ele é alegre, ativo,

 inquieto. Gosta de ver coisas belas, de admirar o que é

 bonito e é um grande caçador. Nasceu para conhecer o

 mundo também e não poderia segurá-lo...

Iemanjá estava perdida em seus pensamentos quando viu

 que, ao longe, alguém se aproximava. Firmou a vista e

 identificou-o: era Exu, seu filho, que retornara depois de

 tanto tempo ausente. Já perto de seu mãe, Exu saudou-a e comentou:
- Mãe, andei pelo mundo mas não encontrei beleza igual à

 sua. Na conheci ninguém que se comparasse a você!

- O que está dizendo, filho? Eu não entendo!

- O que quero dizer é que você é a única mulher que me

 encanta e que voltei para lhe possuir, pois é a única coisa

 que me falta fazer neste mundo!

E sem ouvir a resposta de sua mãe, Exu tomou-lhe à força,

 tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, pois Iemanjá

 não poderia admitir jamais aquilo que estava acontecendo.

 Bravamente, resistiu às investidas do filho que, na luta,

 dilacerou os seis da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo

 que fez, Exu "caiu no mundo", sumindo no horizonte.

Caída ao chão, Iemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e

 a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai

 Olokun e ao Criador, Olorun. E, dos seus seios dilacerados, a

 água, salgada como a lágrima, foi saindo, dando origem aos

 mares.

Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos

 Orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não

 podendo juntar-se aos outros, na corte.

 
Iemanjá que, deste modo, deu origem ao mar, procurou

 entender a atitude do filho, pois ela é a mãe verdadeira e

 considerada a mãe não só de Ogum, Exu e Oxossi, mas de

 todo o panteão dos Orixás.

Dados

Dia: sábado;

Data: 2 de fevereiro;

Metal: prata e prateados;

Cor: branco transparente;

Partes do corpo: cabeça (inconsciente e equilibro mental),

 cérebro (comanda o corpo);

Comida: epo de milho branco, manjar branco com leite de

 coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz

 mamão.

Arquétipo: voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores,

 altivos e algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Têm

 sentido de hierarquia, fazem-se respeitar, são justos e

 formais. Põem à prova as amizades que lhe são devotadas

, custam muito a perdoar uma ofensa e, se perdoam, não

esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são

 maternais e sérios. Sem possuírem a vaidade de Oxum,

 gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias

 caras.

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Claudair  Chaves 

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